Descrição
«O autor, médico na província, não pode escrever a horas vivas, horas diurnas em que trabalha ou passeia o mundo escorreito. Se quiser escrever uma carta, um artigo ou uma página de ficção, uma fantasia, é obrigado a saltar da cama a horas mortas – horas paradas em que o galo canta e a raposa se atreve com as capoeiras. Compete, em vigília, com esses e outros animais boémios. É uma espécie de mocho que se fizesse escritor. De dia só escreve receitas. É a sua sina, que vai cumprindo com exemplar paciência. Horas mortas são as suas horas, o seu recurso, os minutos que geraram este e outros livros escritos com pena de ave nocturna. – João de Araújo Correia» Capa de Tóssan. Exemplar em óptimo estado, com uma dedicatória manuscrita.