Fontes da imagem em Braga – Vinte e uma fotografias de 1862-1863

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34,2 cm, 65-[3] págs., br., ilustrado.

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“O que sabemos da introdução da história e divulgação da fotografia na nossa cidade é ainda muito pouco, quase nada. As fontes restringem-se aos jornais, cujas colecções se conservam apenas parcialmente. A preservação dos daguerreótipos, calotipias e demais formas de «fotografia» até ao ano de 1895 é quase nula e ainda não está inventariada. Mas, mesmo sendo muito pouco o que conhecemos, resolvemos dar agora essas informações, limitando o nosso horizonte temporal a 1895, data a partir da qual deverão ter começado a aparecer os trabalhos de Bernardo Carneiro e, depois, de seu filho Manoel Carneiro, conservados actualmente na fototeca do Museu Nogueira da Silva, por depósito da ASPA, a quem tinham sido cedidos pela avisada inteligência de Manuel Luís Carneiro, descendente daqueles fotógrafos e comerciantes.
Embora estejamos absolutamente convicto da existência de fotografia em Braga antes de 1858, data só de 21 de Setembro desse ano a primeira notícia que temos. É um anúncio em que «Mr. Julien Belliard tem a honra de anunciar ao público bracarense, que a pedido de algumas famílias se demora nesta cidade unicamente uma semana, tendo reduzido o preço dos seus retratos, custando os de 2000 a 1000. Quem quiser aproveitar-se deste preço dirija-se à mesma casa, no campo de S.” Ana n° 14». Em 1 de Outubro ainda por cá se conservava, pois nesse dia anunciava no mesmo jornal («O Bracarense») «que mudou o seu estabelecimento para o largo dos Penedos, n. ° 9, onde moram os srs. engenheiros do gaz; e onde pode ser procurado até terça feira dia 5». Quem era este Mr. Julien Belliard não sabemos. Aliás, exceptuando Carlos Relvas, Emílio Biel, José Júlio Rodrigues (introdutor em 1872 da secção de fotografia e  heliogravura na Direcção dos Trabalhos Geodésicos) e poucos mais, de quem se conserva um número razoável de informações sobre as suas vidas e obras, não temos elementos biográficos sobre todos os restantes fotógrafos. De qualquer modo sabemos que em Junho de 1860 estava na Terceira, Açores, um certo Mr. Julien, que era «exímio em daguerreótipos coloridos»;
seria o mesmo que dois anos antes passou por Braga? Só dois anos mais tarde temos nova notícia. Em 17 de Abril de 1860 «O Bracarense» anunciava que acabara «de chegar do Porto Mr. Bermevide, artista fotógrafo e pintor… que trabalhará no Campo de Santa Ana, 16» por poucos dias, com início no dia 20. E ainda: «Faz com perfeição toda a qualidade de retratos e grupos de diversos tamanhos sobre oleado em preto ou coloridos a óleo inalterável à humidade, garantindo o seu trabalho, e dá lições aos que quiserem aprender»”. Exemplar em bom estado.

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