Descrição
2.ª edição desta obra, aumentada de – “Armonia Politica dos Documentos Divinos coma as conveniências do estado: Exemplar de Principes No governo do gloriosíssimos Reys de Portugal”. Inocêncio I, 276. “ANTONIO DE SOUSA DE MACEDO, Fidalgo da Casa Real, Commendador das Ordens de Christo e S. Bento de Avis, Doutor em Direito Civil pela Univ. de Coimbra, Desembargador da Casa da Supplicação, Secretario de Embaixada na Côrte de Londres, e Embaixador aos Estados de Hollanda, Secretario d’Estado d’Elrei D. Affonso VI, etc. etc. – Foi oriundo da villa de Amarante, mas nascido na cidade do Porto, e ahi baptisado na freguezia de N. S. da Victoria (segundo diz Barbosa) a 15 de Dezembro de 1606. Depois de prospera e adversa fortuna veiu a falecer em Lisboa no 1.º de Novembro de 1682. – No numero 43 do Panorama de 1842 vem a sua biographia, assignada com as iniciaes P. M. – O seu retrato anda nas ultimas edições da Eva e Ave, de que logo falarei. – Escreveu numerosas obras em varios generos e em differentes idiomas, cujos titulos se podem ver na Bibl. Lus. tomo I. Aqui só darei noticia das que compoz e imprimiu em portuguez, e de algumas castelhanas, que mais de perto nos tocam, taes como a seguinte, que foi a primeira que publicou ao contar 25 annos: Flores de España, Excelencias de Portugal, em que brevemente se trata lo mejor de sus historias y de todas las del mundo, desde su principio hasta nuestros tiempos, y se descubren muchas cosas nuevas de provecho y curiosidad. Lisboa, por Jorge Rodrigues 1631 fol. – Sahiu segunda vez, augmentado com a Armonia Politica, Coimbra, por Antonio Simões Ferreira 1737 fol. de XII 300 78 pag. Esta segunda edição corre ainda no mercado pelo valor nominal de 960 réis, mas não é raro apparecerem alguns exemplares por preços mais inferiores, de 480 até 720 réis. O meu custou 600 réis. O sr. conselheiro José Silvestre Ribeiro a proposito d’este livro, que não pode deixar de ser tido como um monumento de erudição, escripto com muita diligencia e curiosidade, diz na sua Resenha da Litter. Port., tomo I pag. 18: «Grande prazer teriamos em particularisar algumas noticias d’esta obra, se não sentissemos uma certa repugnancia em praticar com um escriptor portuguez, que engeitou a sua lingua e escreveu em castelhano as Excellencias de Portugal.» D’aqui resultaria sobre Macedo um stygma de condemnação, que elle quiz antecipadamente prevenir, quando na carta que ao principio dirige ao Reino de Portugal, se escusa para com este, dizendo lhe: «Perdonad, si dexada la excelente lengua portuguesa, escrivo en «la castellana; porque como mi intento es pregonaros por el mundo todo, « he usado desta por màs universal, y porque tambien los portugueses sa- «ben estas excelencias, y assi para ellos no es menester escrivirlas.»” Folha de rosto com antigos carimbos e assinaturas de posse.