Descrição
«O tema deste livro é a Tipografia, e a Tipografia tal como é influenciada pelas condições do ano de 1931. O conflito entre industrialismo & os antigos métodos dos artesãos, que deu origem à confusão do século XIX, está agora a aproximar-se do fim. Mas embora o industrialismo tenha agora conseguido uma vitória quase total, as artes manuais não estão mortas, & não podem ser radicalmente extintas, porque satisfazem uma necessidade inerente, indestrutível e constante do ser humano. Os dois mundos podem ver-se um ao outro, como diferentes e sem recriminações, reconhecendo ambos o que há de bom no outro – o poder do industrialismo, a humanidade do artesanato. Já não há justificação para a confusão dos objectivos, incongruência de métodos ou hibridismo na produção; cada um dos mundos pode deixar o outro tranquilo na sua esfera. Que o industrialismo tenha, ou não, “vindo para ficar” não é questão que nos interesse, mas o artesanato acompanhar-nos-á sempre – como os pobres. E os dois mundos são agora completamente distintos. O trabalho de imitação de “obras de época” e o comércio do artesanato de imitação estão, por certo, condenados. Os critérios das artes manuais são tão absurdos para a indústria mecanizada como os critérios mecânicos o são para o artesão. A aplicação destes princípios à feitura de letras e de livros é a matéria principal deste livro». Exemplar em bom estado, conservado a sobrecapa editorial.